Coach de alta performance ensina a combater os inimigos que impedem as pessoas de realizarem os sonhos
Seja morar em outro país ou trocar de carro, ter um filho ou sair da casa dos pais, todos temos sonhos. A natureza pode ser diferente para cada pessoa, mas é fato que o início do ano é sempre inspirador para a realização desses sonhos. No entanto, por diversos fatores, acabamos deixando isso de lado.
A depender de qual era esse sonho, a vida pode ficar cada vez mais sem graça. Assim, o ideal, seria correr atrás de realizá-los. “A princípio, é difícil sair da zona de conforto, mas quando você sai, você se acostuma a ter sempre um desafio adiante”, explica Paula Abreu, escritora e coach de alta performance.
“Muitas vezes, é preciso tomar uma atitude que não nos permite voltar atrás, e isso dá medo”, afirma Paula. Segundo ela, não é só o medo de errar que nos trava. “Algumas pessoas deixam de agir não por medo de fracassar, mas exatamente por medo de dar certo, já que poderão ser alvo de críticas ou inveja, por exemplo”, conta. Estes e tantos outros motivos podem levar as pessoas a não agirem de forma definitiva em busca dos sonhos. A escritora fez uma lista com os cinco maiores vilões da realização dos sonhos, e explica como vencê-los.
1 - Rota de fuga
A existência de uma rota de fuga para o seu plano funciona como uma alternativa de voltar à rotina de antes. A coach lembra histórias de séculos atrás, quando alguns desbravadores tinham seus barcos queimados pelos próprios comandantes, para que só restassem duas opções: vencer a guerra ou morrer. “Se sempre deixarmos espaços para recuar, também permitimos a hesitação, o medo e autossabotagem”, alerta a coach.
2 - Procrastinação
O que mais atrapalha a realização de um projeto pessoal ou os passos para mudar o rumo da carreira, por exemplo, é a procrastinação. A escritora explica que procrastinar é diferente de ser preguiçoso. “Muitas vezes estamos trabalhando demais, realizando projetos que não nos interessam realmente e não descansando no sofá”, conta. Paula também destaca que é possível praticar a procrastinação produtiva. “Se você se dedicar a vários projetos ao mesmo tempo, é possível dedicar tempo a atividades que possam futuramente fazer parte dos planos adiados, como ler livros ou buscar fontes de inspiração”.
3 - A espera pelo momento perfeito
É comum acreditar que, para realizar qualquer sonho que permita atingir a realização e felicidade, são necessárias condições perfeitas. “Esperar os filhos crescerem, ou a renda aumentar, ou aguardar o sentimento de estar preparado acaba gerando ainda mais procrastinação”, explica a coach. É importante começar a agir sem esperar. “A hora é agora. Você não precisa de um equipamento caríssimo para filmar, ou tintas especiais para pintar, nem um lugar especial para poder se inspirar. Comece assim mesmo e o resto se ajeita pelo caminho”, aconselha.
4 - O tempo, ou melhor, a falta dele
A habitualidade de certas coisas faz com que tenhamos a percepção do tempo como algo quantitativo. A forma linear com que encaramos o tempo faz com que deixemos de lado a visão qualitativa e passamos a enxergá-lo como quantitativo. “Além de nos esquecermos de que a intensidade com que vivemos o tempo é mais importante que a quantidade, também esquecemos do conceito cíclico com que nossos antepassados mediam o tempo, em fases da lua e estações do ano”, destaca. Segundo a escritora, enxergar o tempo em forma de ciclos faz com que possamos ver determinadas atitudes como novas etapas, em vez de “passos para trás”, como alguns enxergam a perda de um emprego, por exemplo.
5 - As críticas
Quando se luta por aquilo em que se acredita, e quando se procura viver uma vida que foge dos padrões que muitos enxergam como “normal”, as críticas serão inevitáveis. “Quando você tem clareza sobre sua vida e firmeza sobre os seus valores, as críticas deixam de te afetar e passam a ser apenas opiniões de quem pensa diferente de você”, ensina. “Se alguma das suas companhias impede o seu desenvolvimento e sua busca profissional, talvez seja melhor se afastar deste tipo de companhia”, finaliza.