Projeto, iniciado em maio passado, retoma palestras educativas e blitzen para combater este tipo de crime. DF ocupa a segunda colocação no ranking de denúncias
A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) realiza atividade especial nesta quinta-feira (2/2), a partir das 7h, do programa Brasília sem Pedofilia, do Governo do Distrito
Federal, que tem o objetivo de alertar crianças, adolescentes, pais e professores sobre a importância do combate a esse crime.Na ocasião, o subsecretário de Direitos Humanos, Todi Moreno, divulgará o calendário de palestras do programa e o calendário das blitzen a serem realizadas ao longo de 2012.
A atividade será realizada na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto, na entrada do Metrô, e contará com a participação de personagens infantis, como forma de atrair as crianças durante as ações de conscientização e prevenção.
O projeto Brasília Sem Pedofilia foi iniciado em maio de 2011 e atingiu, até o momento, 40 mil ouvintes, entre crianças, pais, professores e educadores. No total, foram realizadas até agora 81 palestras em escolas públicas e nas mais variadas regiões administrativas do DF, além de 24 blitzen em diversos pontos estratégicos sobretudo, locais onde há grande circulação de pessoas, como a Rodoviária do Plano Piloto e áreas de localização de feiras.
Pedofilia em números
De acordo com dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), até junho de 2010 foram registradas 13.247 denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes em todo o Brasil, no Disque 100.
Nos últimos dez anos, houve aumento considerável de registros: os 4.494 casos observados em 2003 aumentaram para 30.508 registros em 2008, ano considerado recorde de denúncias. No total, entre 2003 a junho de 2010 foram computadas 127.770 denúncias.
No primeiro semestre de 2010, o Rio Grande do Norte teve o maior índice de denúncias registradas do Brasil no Disque 100, com 19,31 para cada 100 mil habitantes. O Distrito Federal vem em segundo lugar, com 12,95 denúncias. A Bahia aparece em terceiro, com 11,22.
O Nordeste é a região que registra os maiores índices de denúncias com mais de 94 para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão as regiões Nordeste, Norte, Sul e, por último, a região Sudeste.