Traumas da violência sexual infantil costumam ser carregados pelas vítimas durante toda a vida; no entanto, muitas delas conseguem superá-los, através da fé
Da Redação
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Crianças marcadas para sempre pelo abuso. Algumas delas violentadas sexualmente dentro de casa, muitas vezes por alguém da própria família. Meninos e meninas que se sentem impotentes diante dos seus algozes.
A vergonha e o medo de encarar a situação levam muitas mães a não acreditar nos filhos violentados, o que faz aumentar ainda mais a impunidade dos pedófilos e abusadores.
Relatos de vítimas desse tipo de violência foram colhidos em um abrigo na cidade de Salvador, na Bahia. Em um dos casos, uma menina de apenas 15 anos carrega consigo um bebê, fruto de um abuso sexual cometido pelo seu próprio pai.
“Minha mãe não sabia. Ela só desconfiava, mas não tinha muita certeza. Quem descobriu mesmo foi a minha prima, quando eu engravidei. Ela me perguntou quem era o pai e eu fiquei com medo de dizer”, conta a vítima, com a voz embargada.
A responsável e fundadora do abrigo, Vera, cuida de 120 crianças que foram abusadas sexualmente. Ela entende o sofrimento vivido por cada uma delas, pois, aos 10 anos de idade, também passou pelo mesmo trauma. O abuso foi cometido por um vizinho e, por conta disso, desde adolescente ela passou a alimentar o desejo de ajudar vítimas desse tipo de violência.
Superando o problema
Segundo dados do Ministério Público da Bahia, em 2011, o disque 100 (que recebe denúncias de violência sexual infantil) registrou 2.115 casos envolvendo abusos de crianças e adolescentes, em todo o estado – número que representa um aumento de 840% se comparado ao ano de 2005.
Os traumas de um abuso sexual na infância costumam ser carregados pelas vítimas durante toda a vida e não são fáceis de serem esquecidos. No entanto, muitas pessoas, através da fé, conseguem superar esses fantasmas do passado.
Abaixo, assista uma reportagem especial produzida pela IURD da Bahia sobre o tema: