Nadadora, que irá a sua terceira Olimpíada, foi molestada sexualmente pelo seu técnico, quando tinha nove anos de idade
A nadadora Joanna Maranhão, vítima de abuso sexual na infância, comemorou nesta quarta-feira a aprovação da lei em sua homenagem, por unanimidade, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Na proposta, as vítimas de pedofilia possuem mais tempo para fazer a denúncia contra o seu agressor, mas ainda terá de passar pelo Plenário da Câmara e pelo Senado.
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Foto: Satiro Sodré/AGIFAmpliar
Joanna Maranhão comemorou nesta quarta a aprovação da lei em sua homenagem
"Para coroar mais um desafio superado tive a notícia de que finalmente a lei "Joanna Maranhão" foi aprovada!É com imensa felicidade que passo essa notícia pra vocês!Conseguir enxergar toda situação vivida como experiência e usá-la como impulso para meus objetivos pessoais e pelo combate a pedofilia é o maior presente que Deus poderia me dar!, escreveu Joanna em seu blog.
A nadadora, que já participou de duas Olimpíadas e irá à sua terceira em Londres, afirmou em meados de 2008 que foi vítima de pedofilia. Joanna contou que foi molestada pelo seu técnico aos nove anos de idade, porém o crime já havia sido prescrito quando o caso veio a público.
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Com isso, na 'Lei Joanna Maranhão', a prescrição do crime (estipulado em 20 anos) começará a contar apenas da data em que a vítima completa 18 anos. Dessa forma, poderá fazer a denúncia até os 38 anos. No entanto, a medida pode ser tomada por um representante legal do menor.
"Sei que hoje como atleta não consigo me engajar como gostaria dentro da causa mas isso irá acontecer com o passar do tempo. Hoje carrego a bandeira da luta dentro de mim e procuro na minha carreira de atleta demonstrar que é possível viver além da triste experiência de um abuso sexual", escreveu a atleta.