Por Michele Roza
Aulas abordam cuidados com alimentação, higiene e sociabilização

O processo acelerado de envelhecimento do País projeta para 2030, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma inversão do perfil demográfico brasileiro com mais idosos do que jovens. Em menos de 20 anos, a proporção dobrará.
Hoje, de mais de 19 milhões de pessoas acima dos 65 anos no Brasil, 4 milhões precisam de acompanhamento para realizar tarefas cotidianas e 1,5 milhões apresentam quadros demenciais. Em contrapartida, estima-se que o País dispõe de apenas 200 mil cuidadores para assistir esses idosos.
O Governo deve se preocupar com políticas públicas que atendam essa demanda, mas os familiares também podem estar preparados para cuidar desses indivíduos, principalmente daqueles que sofrem com alguma doença relacionada ao raciocínio e mobilidade como Parkinson e Alzheimer.
Curso auxilia familiares
Como nem todos podem custear um enfermeiro, ou não sabem onde conseguir informações para auxiliar um parente idoso, geralmente, as próprias instituições médicas regionais ou de acompanhamento e assistência a idosos oferecem cursos para os cuidadores que são da própria família.
A proposta dos cursos é preparar familiares, mas também profissionais, com ou sem experiência, para atender as necessidades específicas do idoso. Do ponto de vista do familiar, o curso propicia maior desenvoltura no trato diário com o idoso, nos cuidados com a alimentação, higiene, sociabilização.
Para os profissionais, por sua vez, encontram formação para um crescente nicho de trabalho, no Brasil, com carência de mais de 3 milhões de profissionais. São ministradas aulas dedicadas a conceitos teóricos, práticos, de cuidados básicos com o idoso, nutrição, direitos e deveres do cuidador, administração de medicamentos, cuidados com o idoso acamado, manejamento e comunicação.
Com informações da Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), Associação Toca das Horttênsias