Temos capacidade racional de cuidar do próximo e amá-lo como a um irmão?
Por Michele Roza
michele.roza@arcauniversal.com
Qual é o limite do amor para os animais? E para o ser humano? Para quem cuida de um animal de estimação em casa não há resposta para essa pergunta, pois eles retribuem com enorme carinho o abrigo e a família que oferecemos a eles, estabelecendo um vínculo conosco.
Cão guia
Alguns cães são treinados para serem os olhos de quem perdeu a visão. Eles se tornam grandes companheiros dos deficientes visuais pela segurança e amizade que oferecem ao amigo humano. Essa mesma cena, símbolo de amizade pura e verdadeira, também se repete no mundo animal.
Amigo para toda horaPelo menos foi o que aconteceu na Inglaterra, onde um labrador de 8 anos, chamado Edward, perdeu a visão dos dois olhos após passar por uma cirurgia de catarata. De cão-guia, o labrador passou a ser guiado. Agora, ele tem uma nova amiga, a cadela Opala, que guia também Waspe Graham, deficiente visual e antigo “cliente” de Edward. Esse não é o primeiro nem único caso desse tipo.
Exemplos como esse são espelhos para nós, humanos, que temos uma capacidade racional de gostar e cuidar do próximo, e amá-lo como a um irmão. O vínculo de amizade que criamos quando há uma relação de respeito e confiança nos permite pedir ajuda quando precisamos, sem medo de sermos rechaçados; e, por outro lado, também, de estar sempre ao lado para apoiar e confortar o amigo quando necessário for. Assim, como podemos ler na Bíblia, nesta passagem sobre as aflições de Jó:
Se um dia, a visão nos faltar, seja literalmente ou para qualquer situação a que formos expostos, e, se neste momento, então, pudermos contar com a companhia de uma amizade verdadeira, certamente voltaremos a enxergar a vida através dos olhos, da cumplicidade e do amor do próximo. A gratidão será recíproca, porque receber o carinho e atenção de quem se gosta é tão valioso quanto poder nos doarmos a quem amamos.“Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo. Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.” Jó 2: 11;13
